A Rosana sempre foi uma pessoa fisicamente muito ativa. Nestes 25 anos, não me lembro de ter havido um período em que ela tenha ficado mais de 2 semanas sem fazer uma atividade, principalmente correr. A disciplina e prazer com que ela encara o exercício físico é inspiradora, entre outras características dela. Eu, ao contrário, sempre corri atrás de algo ou corria quando algo estava atrás de mim. Esportes com bola me motivaram muito mais do que outras atividades.
Ver a Rosana viver é um privilégio. Sempre buscando a maior qualidade possível em tudo, sempre se doando com aquele carinho que só quem ama profundamente pode ter. Me ensina todo o dia como não desperdiçar recursos (não é pão dura, não). Usa qualquer coisa até o final (sabonete, sapólio, pasta de dente, etc.) sem jamais se portar com mesquinhez ou avareza. Temos muitos móveis e aparelhos que compramos no início do casamento. A tv que o Seu João ajudou a comprar quando ela foi pra Campo Grande (isso tem 28 anos) está em perfeito estado e funcionando muito bem. O conjunto para feijoada que o meu tio Almerindo nos deu no casamento está inteiro. A nossa amiga Neli nos deu uma mesa de tv que usamos em nosso quarto. Roupas, calçados, tudo o que temos é cuidado à perfeição de forma natural. Em resumo: o princípio da prosperidade. Em todos os lugares em que moramos, a Rosana sempre tratou de deixar os ambientes limpos, organizados, cuidados. Desde os dois cômodos em que moramos no fundo da casa de meus pais em Campo Grande até em nossa casa hoje em Tatuí, nossa família teve a benção de ser cuidada por este ser humano maravilhoso que é minha esposa.
Devo confessar que dei (e dou) muito trabalho neste quesito. Desde o clássico "deixar roupa em cima da cama" até "esquecer de pagar conta", passando por "usar o notebook em cima da mesa sem um pano para não riscar", foram muitas e muitas brigas, chamadas de atenção e conversas sobre organização e conservar o que temos. Ainda me falta aprender muito, ainda desperdiço coisas à toa, deixo de usar as coisas da forma mais produtiva possível, ainda tenho comportamentos pouco positivos. E nossos filhos são sedentários, apesar de não terem (por enquanto) problemas relacionados a isso.
Mas o tempo é nosso aliado quando temos paciência. Nestas férias, resolvemos fazer uma pequena obra nos fundos de casa. Para economizar, resolvi passar selante nas vigas que seriam usadas na obra. Envolvi os meninos e foi muito gostoso fazer algo deste tipo juntos. Este fato me despertou para tomar iniciativas em casa a exemplo do que faço em meu trabalho. Pintei parede, passei verniz nas madeiras, os meninos me ajudaram e aí comecei a fazer algo que a Rosana me pede há anos: atividade física regular. Acredito que cuidar da casa física, a casa propriamente dita, com um olhar mais carinhoso me ajudou a reencontrar o caminho pra cuidar de minha casa espiritual, o corpo. Comecei a pedalar na bicicleta ergométrica e comecei, depois de um mês, a caminhar. Hoje estou correndo junto com ela. Emagreci. Estou mais disposto. Me alimento melhor. Enfim, aconteceu o que falamos para as pessoas quando defendemos a atividade física. Hoje de manhã eu comentei com ela sobre o que expus acima e ela me pediu pra colocar na crônica de hoje.
O "Lola" do título é pra lembrar da primeira e única cachorra que tivemos por um período de 1 semana. A compramos em Piraju e ela para lá voltou, depois do Hugo perceber que cuidar de alguém dá trabalho. Ela está morando com a nossa sobrinha Larissa e está muito feliz. Como boa blue realer (acho que escreve assim) ela corre. Bem mais do que eu, por enquanto.
Paz de Cristo a todos e até semana que vem.
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