Pessoal, boa vida para todos. Como não sei que horas são estas em que você está lendo, não me comprometo com um "bom dia" ou "boa tarde" ou "boa noite". Incerto e maravilhoso não-saber o que vai ser é que me motiva a simplesmente ser genérico e específico ao desejar uma boa via (e não vida boa, no mal sentido) a você que está se juntando agora às duas outras pessoas que leem nossas crônicas.
E o "não saber o que vai ser" nos acompanha de maneira definitiva durante nossa jornada na terra. Quando somos adolescentes, achamos que viveremos pra sempre e que nada de mal nos acontecerá. Tem que gente que, depois de adulto, vive como se fosse morrer daqui a dois segundos e que tudo de mal irá acontecer com ela. Fico em outro grupo, o de que realmente viveremos para sempre e que podemos morrer daqui a dois segundos segundo a carne (no meu caso, tem mais carne do que deveria....). O que nos acontece não é mal ou bom, pensando na essência das coisas. As coisas simplesmente são e o significado que tem muda de acordo com o tempo. Normalmente, a maioria das coisas não são tão boas ou ruins assim.
Duas coisas que jamais deixarão de ser boas são os nascimentos do Hugo e do Ian. Hoje (06/04/2014), eles tem 19-quase vinte e 17, respectivamente. O amor que ambos tem por mim e pela Rosana é um fato que sentimos todo dia.
No entanto, vivemos um período de indefinições (carreira, escola, religião, responsabilidades, etc.) em que as idades indicam a natural dificuldade existencial para os filhos e para os pais. A fé que tenho no futuro não é suficiente para que eu não me preocupe pois não quero ser omisso; a preocupação que tenho com o futuro não é suficiente para que eu seja ingrato com DEUS e duvide das maravilhas que Ele reservou aos meninos. No entanto, todos temos momentos em que as dúvidas e reflexões vem com mais força.
Hoje eu olho para ambos e sinto que eu poderia ter sido um melhor exemplo para os dois (a Rosana diz que não concorda...). Faço questão de escrever isto para não deixar dúvida que os textos aqui não são "chapa branca", apenas uma forma de ficar jogando confetes. Espero que sirvam, também, para ajudar aos que os lêem na análise do que fazem como pais, filhos, irmãos, maridos e esposas.
Eu, talvez, tivesse que ter sido um pai um pouco mais "herói", um pouco mais "helênico" (a Rosana está dizendo que não acha...). Sempre tive muito medo de que os meninos crescessem achando que eu era perfeito (continuo com este cuidado sempre, com todos os que me cercam). Acho que isto fez com que eles se sintam sem uma referência forte de futuro, não sinto que querem ser iguais a mim. Por um lado é bom, acho que proporciona mais liberdade e menos ilusões; por outro é ruim porque sem referência, ficamos mais perdidos. Isto é natural neste período da vida e viver isto como pai é um desafio diário de fé em DEUS e nos meninos.
Mas acredito que o que sofremos agora se traduzirá em grandes benefícios no futuro. Pois entendo que poderão olhar para o futuro sem uma sensação de que o mundo é um lugar em que "só os fortes sobrevivem", em que o "number one" é o que interessa. A falta de um "ídolo" hoje vai fazer, tenho fé, que se voltem um dia para o modelo de homem que virão em suas vidas: poderão se sentir confortáveis em perceber que não precisarão ser super-homens.
A paz de Cristo a todos.
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