"Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel; o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade da sua fé. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor achará esse amigo. Quem teme o Senhor terá também uma excelente amizade, pois o seu amigo lhe será semelhante". (Eclo 6,14ss)
Bom, a Bíblia é um guia muito confiável se estivermos abertos a deixar a energia divina fluir por e para nós. Existem tantas passagens inteligentes e atuais que é difícil imaginar que possa ser apenas um artífice para manipular multidões. A passagem acima é um exemplo de sabedoria e boa prática no nosso cotidiano.
Recebemos em nossa casa apenas as pessoas que entendemos serem nossas amigas. Obviamente, podemos ter o prazer de receber quem estamos conhecendo ou amigos de amigos. Mas preparar a mesa, o coração e o ambiente, ah isso é só pra quem a gente ama. Não acho que seja uma máxima para qualquer família, é apenas o nosso jeito de ver a vida.
Pois bem, nesta semana santa recebemos o Adilson, a Leize e o Haroldo, de Campo Grande. A Leize é esposa do Adilson e, apesar de serem casados desde 1999 e de termos nos encontrado uma vez ou outra, pudemos ter o prazer de estreitar esta amizade agora. O Adilson e o Haroldo são amigos de longa data.
Eu conheço o Adilson desde a época do colégio, por volta de 78, acho. Mas ficamos amigos no antigo CNEC, a partir de 1982 quando fomos fazer o 2º científico junto com o preparatório para o vestibular. No início de 1984 entrei na Federal e o Adilson continuou a fazer cursinho, entrando no curso de Educação Física no início de 1986. Em junho do mesmo ano fui para o quartel. Voltei em agosto de 1987. Eu e ele nos formamos no mesmo ano, 1988. Tem muita história nestas idas e vindas. Blitz, voleibol, namoradas, Legião Urbana, carnavais, madrugadas intermináveis de conversas e risadas, esperanças compartilhadas, um jogo Flamengo e Operário em 1983 inesquecível (depois eu conto), reclamações das famílias, brigas, Queen, aniversários, brincadeiras (ou bailes na casa de alguém), Julio Takeshi (um amigo já falecido que formava o trio)... enfim, muita coisa vivida que fundamentou uma relação de confiança e parceria que sempre está intacta (mesmo que fiquemos anos sem nos vermos). No nosso casamento, duas pessoas choraram: meu Tio Almerindo e o Adilson. É uma honra ver os olhos dos meus filhos brilharem ao perceberem uma amizade verdadeira que foi construída com uma honestidade inegociável.
O Haroldo é uma daquelas pessoas que são indispensáveis pro mundo ser um lugar habitável. Eu o conheci na faculdade, mas nos tornamos amigos quando eu, ele e a Rosana fomos trabalhar na Fundação Bradesco, um internato com mil alunos no Pantanal, a partir de 1993. No dia do nascimento do Hugo, estávamos juntos quando a Rosana percebeu que o parto estava próximo. Foi uma pessoa muito importante no primeiro ano de vida do Hugo, quando nos nove primeiros meses ele só chorava. O Haroldo nos apoiou e deu muita força. Quando o Ian nasceu, ele já não trabalhava na Fundação, mas sempre esteve próximo de nós. Fonte inesgotável de palhaçadas, carinho, atenção e uma energia positiva que só Deus pode explicar. Os meninos adoram o Tio Haroldo e seu nome está sempre sendo citado em nossa casa. Às vezes pelas razões erradas....rs
Neste domingo, reunimos estes queridos amigos ao nossos queridos amigos de Tatuí (Danilo, Silmara, Douglas, Lia) e meu irmão Beto e a minha cunhada Denise, além da minha mãe. Foi muito legal ver, em um mesmo espaço e tempo, pessoas de fases diferentes de nossas vidas. Uma oportunidade de agradecer a Deus estas bençãos colocadas em nossas vidas para nos oferecer suporte e conforto, energia e apoio. Nossa família agradece a estes anjos em forma de amigos por todo o apoio oferecido.
Paz de Cristo a todos!
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