Como era final de ano, muitos colegas de trabalho e amigos em geral estavam viajando. Na época, só tinhamos amigos ligados ao trabalho (SESC) ou à Educação Física, então várias pessoas não puderam comparecer. Devia haver umas 30 pessoas na Igreja. Nem eu, nem a Rosana gostávamos de dar festas (continuamos assim). Na verdade, só tivemos festa porque a minha Tia Áurea e o Tio Miro insistiram em oferecer um jantar na casa deles. Sempre seremos gratos pelas várias manifestações de carinho e atenção que recebemos deles.
O Ederson pegou a Rosana no salão e ficou dando voltas com ela (com o vidro aberto pra despentear a noiva, é lógico) pois o padre estava atrasado. Fiquei no altar vendo o Gilberto (nosso professor de vôlei da UFMS, uma figura absolutamente vital para a minha vida profissional e um querido amigo) gesticulando que a Rosana tinha ido embora. Foi muito engraçado - pelo menos agora eu acho...
Nossa dama de honra foi a Renata, nossa prima e filha do Tio Almerindo e Tia Nair. O padre chegou a tempo e casamos com as bençãos de Deus.
As duas famílias sempre foram muito simples e, à época, não sabíamos como celebrar nossas conquistas (estamos aprendendo isso a cada dia). É um jeito elegante de dizer que éramos caipiras (continuamos assim). Nossa festa de casamento não foi um evento estrondoso mas guardamos boas lembranças. O fotógrafo (que eu não me lembro quem contratou), em um determinado momento falou pra alguém: "TIRA A VELHA DA FRENTE!". A "velha" em questão era a minha mãe (agora, a Rosana tem a idade que a minha mãe tinha quando casamos) e, lógico, ela não gostou nem um pouco. Mas foi muito engraçado (no dia foi e hoje continua sendo). Outro fato engraçado: a samanbaia da minha tia, em uma clássica panela amassada, saiu mais vezes no álbum de casamento que a maioria de nós.
Nós e a samanbaia.
A simplicidade com que casamos ficou como uma marca para nós. Eu achava, e continuo achando, que festão é pra quem sabe dar e, principalmente, para comemorar realizações. Casar, em si, não é uma conquista: é um começo. Sem recriminar quem dá festas grandes nestas ocasiões (pois é característica de cada um) entendo que o foco deve ser construir uma história e iniciar uma vida. Quem, como nós à época, não tem recursos para dar festa, deve ficar tranquilo: a festa que acontece no Céu já vale a pena!
Paz de Cristo a todos!
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