domingo, 23 de março de 2014

Casamento, que viagem - o casamento!

Casamos aos dezesseis dias do mês de dezembro do 1989º ano da graça de Nosso Senhor na Igreja Dom Bosco. Tava muito, mas muito quente. Suamos como não suamos nunca mais... valeu a pena.

Como era final de ano, muitos colegas de trabalho e amigos em geral estavam viajando. Na época, só tinhamos amigos ligados ao trabalho (SESC) ou à Educação Física, então várias pessoas não puderam comparecer. Devia haver umas 30 pessoas na Igreja. Nem eu, nem a Rosana gostávamos de dar festas (continuamos assim). Na verdade, só tivemos festa porque a minha Tia Áurea e o Tio Miro insistiram em oferecer um jantar na casa deles. Sempre seremos gratos pelas várias manifestações de carinho e atenção que recebemos deles.

O Ederson pegou a Rosana no salão e ficou dando voltas com ela (com o vidro aberto pra despentear a noiva, é lógico) pois o padre estava atrasado. Fiquei no altar vendo o Gilberto (nosso professor de vôlei da UFMS, uma figura absolutamente vital para a minha vida profissional e um querido amigo) gesticulando que a Rosana tinha ido embora. Foi muito engraçado - pelo menos agora eu acho...

Nossa dama de honra foi a Renata, nossa prima e filha do Tio Almerindo e Tia Nair. O padre chegou a tempo e casamos com as bençãos de Deus.

As duas famílias sempre foram muito simples e, à época, não sabíamos como celebrar nossas conquistas (estamos aprendendo isso a cada dia). É um jeito elegante de dizer que éramos caipiras (continuamos assim). Nossa festa de casamento não foi um evento estrondoso mas guardamos boas lembranças. O fotógrafo (que eu não me lembro quem contratou), em um determinado momento falou pra alguém: "TIRA A VELHA DA FRENTE!". A "velha" em questão era a minha mãe (agora, a Rosana tem a idade que a minha mãe tinha quando casamos) e, lógico, ela não gostou nem um pouco. Mas foi muito engraçado (no dia foi e hoje continua sendo). Outro fato engraçado: a samanbaia da minha tia, em uma clássica panela amassada, saiu mais vezes no álbum de casamento que a maioria de nós.

Nós e a samanbaia.

A simplicidade com que casamos ficou como uma marca para nós. Eu achava, e continuo achando, que festão é pra quem sabe dar e, principalmente, para comemorar realizações. Casar, em si, não é uma conquista: é um começo. Sem recriminar quem dá festas grandes nestas ocasiões (pois é característica de cada um) entendo que o foco deve ser construir uma história e iniciar uma vida. Quem, como nós à época, não tem recursos para dar festa, deve ficar tranquilo: a festa que acontece no Céu já vale a pena!

Paz de Cristo a todos!


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