Boa tarde!
Estou lendo um livro chamado "Rápido e Devagar", de Daniel Khoneman. Ainda estou no início, mas ele desenvolve uma ideia a qual não pude resistir: o cérebro funciona como dois personagens. O sistema 1, rápido, é o personagem que representa nosso lado voltado para as emoções e reações instintivas; o sistema 2 é o personagem que representa nosso lado cognitivo, voltado para os pensamentos mais elaborados. O primeiro é rápido; o segundo, lento. Até onde pude perceber, o autor defende que nós achamos que nosso lado racional (o sistema 2) está no comando: grande erro! Agimos, na maioria das vezes, com o sistema 1 comandando de forma velada e manipuladora (tal qual a Artemísia do filme "300 - a ascensão do império" que assistimos ontem - aliás, bem fraquinho). O que isso tem a ver com o casamento?
Bom, eu acho que quando reconhecemos que a "empresa" casamento é uma sociedade com participação igualitária dos dois sócios, também devemos reconhecer que o comando deve ser partilhado e a liderança, situacional. Às vezes, um lidera; às vezes, outro. A arte é desenvolver este balé cotidiano ao ponto de que não haja traumas na mudança da liderança. Ambos devem se revestir da humildade necessária para se deixar levar, muito embora mantendo a autonomia para avaliar e se posicionar quando houver impasse.
Aqui, cito outro livro bem bacana, "Foco", de Daniel Goleman. Este eu já terminei de ler e afirmo, a partir do que o autor desenvolve, que o sucesso do casamento é uma questão, antes de tudo, de propósito e foco compartilhado. Saber onde queremos chegar e manter individualmente o foco é um exercício muito intenso e que leva uma vida inteira. Que dirá em dupla?
Por isso, acredito que o casal deve entender que, tal qual o cérebro funciona, o casamento deve ser uma orquestra em que há momentos em que um conduz, em outros o parceiro deve fazê-lo. Nunca um apenas lidera, ou ninguém lidera.
Eis o desafio.
Paz de Cristo a todos!
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