domingo, 29 de junho de 2014

Copabacana

Ontem, 28 de junho de 2014, vivemos mais um momento mágico que o esporte nos proporciona. A iminência do trinfo ou da derrota, o drama compartilhado entre os jogadores e o povo, o êxtase da vitória - tudo em duas horas de aventura.

Os meus filhos sempre estranharam o meu envolvimento com a Seleção Brasileira. Eles acham engraçado o nível de stress a que chego em jogos do Brasil durante a Copa do Mundo. Acho que ontem o Ian (o Hugo foi assistir o jogo com amigos em Sorocaba) sentiu um pouco deste sentimento que o futebol brasileiro provoca. Contra um Chile muito bem estruturado, com bons jogadores e focado na vitória sem abrir mão de jogar futebol, nossa seleção viveu momentos de extremos: uma bola na trave a 2 minutos do fim da prorrogação quase classifica o adversário; depois, nos pênaltis, fomos abençoados com a classificação às quartas de final.

Em 1974, assim que terminou a semifinal contra a Holanda, fiquei sentado na sala (tinha 7 anos) durante alguns minutos, sozinho. Não aguentei e chorei muito, culpando o Gérson ("porcaria de Gerson", era o que eu dizia), por eu ver o Brasil perder pela primeira vez. E por que o Gérson? Não sei a resposta. Sou são-paulino desde muito pequeno por causa de uma foto dele na Placar com o uniforme tricolor.

De 1974 pra cá, chorei muitas vezes. Sarriá (esta foi doída demais...), México em 86, o Tetra, o Vice, o Penta.... muitas emoções que vão se acumulando e solidificando ainda mais esta relação de amor pela Seleção.

Não sei qual será o destino do Brasil no jogo com a Colômbia. Eles também tem o direito de vencer e vai ser lindo acompanhar tudo isso. Mas esta Copa é a Copabacana pois está acontecendo tudo aquilo que um amante do futebol e do País gostaria: uma celebração linda e um evento que favorece a imagem do brasileiro como realizador. E os abusos e absurdos realizados durante a preparação da Copa devem ser cobrados pelo TCU, pelas autoridades e por nós, nas urnas. Cada coisa em seu lugar e no tempo certo.

Paz de Cristo a todos!

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