16 de junho de 1994, véspera do início da Copa do Mundo: nosso filho mais velho, o irmão do Ian, o Hugo nasceu e apareceu. No final da manhã, a Rosana começou a ter a perda de líquido e o desconforto que anunciavam a vinda deste serzinho tão desejado. Eis um aspecto que determina a relação entre pais e filhos: o desejo, a intenção concreta dos pais de trazer uma nova vida ao mundo. Nos preparamos e nos amamos mais profundamente a partir do dia em que confirmamos que a Rosana estava grávida. Fui ao laboratório com a minha irmão Gilda e a Neli, amiga da família, na cidade de Miranda, pois trabalhávamos na Fundação Bradesco, entre Miranda e Corumbá. A Rosana tinha ficado em casa, acho que estava dando aula (acabei de ser lembrado que ela estava lá, sim...). Quando abri o resultado, vi que DEUS havia escrito, em nossas vidas: vocês valem a pena, tomem um anjo pra brilhar pra sempre nos seus corações. Todo dia, todo segundo que olhamos para o Hugo, vemos o quanto somos abençoados, o quanto vale a pena viver com dignidade, com fé e com a coragem necessária para se lançar nos braços do Cristo.
Durante a gravidez, descobrimos que o Hugo gostava muito de rúcula. A Rosana não engordou demais (foram mais ou menos 9 quilos), mas inchou bastante na reta final da gravidez. No dia em que o Hugo nasceu, ela diz que sentiu dor (mais para desconforto) até pouco antes de ir para a sala de parto. Depois, curtiu muito. Eu fiquei na sala todo o tempo, vi a cabeça do Hugo indo e vindo, ajudei a pressionar a barriga pra facilitar a saída dele, vi fazer o corte pouco antes do nascimento... e quando a médica falou que era última contração, a Rosana falou: "Ah, já vai terminar? Tá tão gostoso..."
Pois é, parece mentira, mas é o que aconteceu, né Terta??? Mas o que não pareceu verdade foram os 9 meses de choro e preocupação: o Hugo simplesmente não parava de chorar. Quem sabe o que era? O calor, os mosquitos, vai saber o que o incomodava? Fomos a médicos, padre, centro espírita (por indicação da médica...), enfim, lutamos como podíamos. Chegou ao ponto de querermos que ele tivesse algo, já que nada parecia motivar tanto choro. A Rosana emagreceu como nunca, não dormia, não descansava. Eu confesso que conseguia dormir e não fiquei tão cansado. O peso ficou todo pra ela. Minha mãe ajudou demais, mas realmente a Rosana aguentou o tranco pois parece que a MÃE sente em dobro o que o filho sente.
Daí, no dia 16 de março de 1995, quando fez 9 meses (exatamente), ele parou de chorar. Eu acho que foi o dia em que DEUS definiu que o Ian seria nosso segundo filho. O Hugo parou de chorar e se tornou um sonho ambulante (exagero de pai babão). Desde aquele dia, tem sido uma luz na nossa vida. Dá umas piscadas de vez em quando, mas estamos no mundo para aprender, né?
Todos os dias, levantamos, nos abraçamos, nos olhamos com o amor que é cultivado em cada cuidado, cada exagero, cada intenção. É um filho cuidadoso, amoroso, acolhedor. Uma inteligência ímpar, um talento para a criação que vai levá-lo longe. É um irmão maravilhoso: podem acreditar, o Ian e o Hugo são quase uma pessoa só (às vezes não parece...), mas é uma ligação que deixa a gente meio impressionado.
Acho que muitas histórias virão ainda durante este tempo em que as crônicas vão ser escritas. Hoje, é dia de agradecer a DEUS pela nossa família, pelo Hugo e por todo o futuro brilhante que está à frente. Mesmo com algumas nuvens escuras e incertezas (somos humanos e sujeitos aos perigos que este mundo doido traz), sentimos em nossos corações que nossas gerações futuras serão fortes e sólidas. O Hugo, nosso filho e irmão do Ian, neto da Dona Iraci e Santa, Seus Joões Simões e Lourenço está aí para isso.
Paz de Cristo a todos e PARABÉNS Hugo!!!!
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