Hoje é Dia dos Namorados - não adianta, ontem não foi - o dia certo é 12/06.
Nunca fui de comemorar datas e a Rosana, também não. Então, queria falar mais de "Namorados" do que de "Dia dos".
Quando encontramos uma pessoa que nos estimula da forma correta, rola uma paixão. Quanto mais imaturos, mais temos a tendência de achar que não viveremos sem esta pessoa. Se há sexo, então, minha nossa!
Só que o tempo se encarrega de acomodar os nossos hormônios. O bem estar químico que uma paixão desencadeia vai se tornando uma rotina e a pessoa "amada" não desperta tanta paixão (ou tantos hormônios injetados em nossa corrente sanguínea...). A paixão vai se dissolvendo e o cotidiano vai se encarregando de deixar o "anjo" ou o "benhê" mais humano e cheio de falhas.
Quando a sensação da paixão diminui e, mesmo assim, ainda queremos encontrar a pessoa "amada", o caminho para o amor está aberto e as aspas começam a se dissipar. Quando você consegue viver sem a outra pessoa mas escolhe viver com ela, o amor vem se estruturando. Quando você consegue ver a outra pessoa sem ilusões e em sua plenitude (ou pelo menos, ter esta sensação, até porque nós vamos mudando com o tempo), entendo seus defeitos e virtudes e ama o conjunto, aí a pessoa se torna amada, sem aspas e sem dúvidas quanto ao amor. A magia, então, está em mudar junto com o outro, evoluir junto, sentir junto, até que ambos se tornam uma pessoa só, sempre atentos para que esta união seja perene.
Então, eu olho pro amor da minha vida, a Rosana, e me vejo invadido pela sensação de amor pleno, sexo pleno, andar em sintonia pleno. Ela é a pessoa mais chata que eu conheço porque é a pessoa que eu mais conheço; sistemática, medrosa, corajosa, mãe perfeita, filha completa, nora amorosa, acolhedora e paciente (sem ilusões: é lógico que conviver é difícil, mas a Rosana ama e cuida da minha mãe de forma exemplar).
Acho que a gente comemora o "Namorados" todo dia (entre uma TPM e outra...); talvez nunca prestemos a devida atenção ao "Dia dos". Fazer o quê?
Paz de Cristo a todos!
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