Pois é, hoje é sábado, 05/07, um dia após a classificação do Brasil para a semifinal da Copa do Mundo e a desclassificação da 3ª vértebra lombar do Neymar. Acasos da vida que dão o tom para as alegrias e tristezas que todos nós temos em nossa caminhada.
Longe de ser um desastre, na minha opinião sempre otimista, a lesão do Neymar pode liberar a energia criativa de muitos jogadores, agora desobrigados a servir o grande craque. Não que eu ache que há um desconforto nisso, parece que o grupo realmente é unido, mas quando estamos sozinhos, sem os heróis de sempre, parece que temos que dar mais um pouco, temos que ir além. Colômbia jogou sem Falcão Garcia, França sem o Ribery... talvez a falta de Neymar seja um ponto de inflexão para que outros desabrochem como protagonistas.
Assim é a vida: nós podemos achar que somos imprescindíveis para alguém, que nossa presença e opinião é obrigatória... mas nunca é assim. Supervalorizamos a nós mesmos e nosso papel no mundo e na vida dos outros. Quando a vida nos joga na cara o quanto somos "desimportantes", temos a tendência de nos revoltarmos. Amigos, filhos, colegas de trabalho, familiares: nenhum deles viverá sem a gente, nenhum deles vai viver apenas pra nós. E que bom que seja assim: já pensou que terrível responsabilidade a de sermos imprescindíveis para alguém? De sermos indispensáveis no nível de impedir a outro que caminhe?
É terrível a consciência de que somos imprescindíveis apenas a nós mesmos: eu só posso ser imprescindível a mim mesmo, não posso permitir que a minha existência seja tão estranha que eu possa viver apenas para os outros e nunca para mim....
E qual é o limite entre ter esta consciência e não ser egoísta? Ahh, esta é uma questão que nem uma final de Copa do Mundo contra a Argentina com vitória BRASILEIRA pode responder...
Paz de Cristo a todos!
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