quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Casamento, que viagem! - 1

25 anos não garantem 25 horas de casamento, posso garantir... eu e a Rosana estamos neste barco há tempo suficiente para entendermos que o presente deve ser vivido, o passado deve ser comemorado e o futuro, construído. Penso que as festas de casamento superproduzidas comemoram o presente e o futuro; depois, a maioria das pessoas passa muito tempo tentando reconstruir o passado.. enfim, uma loucura!
Acho que o nosso casamento vem dando certo até agora porque, desde o início e meio na intuição, tivemos uma grande sacada: nunca dormimos brigados. Muitas e muitas vezes dormimos muito bravos um com o outro, mas depois de termos falado sobre o atrito e esgotado os argumentos. Enfim, é muito trabalho e dedicação, assim como criar filhos.

Na nossa festa de casamento, que só aconteceu porque a Tia Áurea  fez questão de oferecer um jantar na casa dela e do Tio Miro, firmamos um compromisso que não tinha muitas chances de dar certo: eu tinha 22 anos, a Rosana 24, fomos morar nos fundos da casa de meus pais (mas ficamos 3 meses morando no meu antigo quarto pois o Beto e a Denise ainda ocupavam o local)... olha, muita aventura e pouco bom senso... porém, ambos tínhamos como nos sustentar e tínhamos o mesmo compromisso que temos hoje: ser felizes, de verdade.

Destaque para ela, a samanbaia: esta planta saiu mais vezes no album que eu....

O casamento, em si, não tem muita lógica: você sai do conforto da sua individualidade para se lançar na construção de uma nova pessoa, formada por outras duas que precisam se manter como indivíduos em algumas áreas da vida para poder preservar a parceria. Quando temos filhos (se não é para ter filhos, para que casar?), nos voltamos para outra(s) pessoa(s) - o homem tentando fazer de conta que não precisa de sexo e a mulher tentando fazer de conta que precisa – se conseguir se lembrar disso! Essa(s) pessoinha(s), desde o início e em pouco tempo, tem que ser treinada para viver individualmente, mas lembrando-se dos pais que começam a ficar manhosos como crianças. Muito simples...

Graças a Deus, a lógica não importou muito. Em 16 de dezembro de 1989 casamos e estamos nos suportando (no sentido de dar suporte) até a presente data. Sexo, amor, comprometimento, parceria, fidelidade, bom humor, filhos, detalhes, carinho, um orçamento só, tudo junto e misturado em uma constante busca pelo equilíbrio e desequilíbrio pois é assim que andamos: um pé à frente do outro, em um constante desequilíbrio que nos projeta para frente. Um aspecto muito bacana: nunca nos entregamos à clássica disputa de egos e de poder. Sempre que um vai andando nessa direção (quem manda mais), o outro puxa a corda e alinha o rumo.

Quando eu olho para trás, vejo nossa trajetória, olha a Rosana e os meninos.... tudo faz muito sentido, todo o esforço e dedicação a um projeto em parceira se traduzem em uma família absolutamente comum e, exatamente por isso, uma família da qual me orgulho. Me sentiria muito esquisito em ter sido sortudo ou agraciado em meio aos demais seres humanos que me rodeiam. Por saber de minhas limitações e das limitações da mulher da minha vida, afirmo que um casamento é resultado da vontade de duas pessoas em serem felizes, de serem plenas, de serem reais.

Os detalhes eu conto mais tarde....


A Paz de Cristo a todos e até a próxima! 

Um comentário:

  1. Exatamente no dia 16/12/89 fez um calor daqueles. O Gil estava suando como se estvesse em uma sauna. E pra variar o padre não acabava o sermão ...

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